Carinho é o mais importante

Vivemos em um planeta materialista por excelência. A humanidade, de modo geral, independente de épocas ou regiões geográficas, está, permanentemente, preocupada com a aquisição e o acúmulo de bens materiais.
No mundo moderno é comum crianças, jovens e adultos se fascinarem diante de vitrines reluzentes e se renderem a marcas e a etiquetas famosas... Como é frenético o ritmo de comprar, de consumir!
Por outro lado, procura-se incessantemente a multiplicação de propriedades e o acúmulo de riquezas nos bancos. Como é fascinante adquirir, possuir, ostentar!
Faz parte dessa realidade o hábito, também comum, de se presentear com objetos raros e de alto custo alguém cujo amor ou amizade se deseja conquistar ou a quem se quer demonstrar gratidão ou consideração especial. Não que não se possa ou deva fazê-lo.
Porém, muitas vezes, não é essa a expectativa de quem é presenteado: em determinadas relações, mais do que o ouro e o brilho de coisas materiais, estão fazendo falta a atenção, o afeto, o desvelo...
Quanto valor está contido em uma palavra amiga, em um gesto de ternura, em um sorriso de compreensão, em um olhar encorajador, em um abraço vindo do coração... Muitas pessoas estão até carentes de demonstrações como essas!
É preciso, portanto, nos darmos conta de que essas atitudes de carinho e dedicação – que encerram inestimável valor – levam muito a quem as recebe e em nada oneram a quem as dá, ao contrário daquilo, muitas vezes, tão reluzente, de alto preço, de elevado custo, cujo valor, na verdade, em essência, é fugaz, é supérfluo, é secundário.
Se, algum dia, viermos a nos conscientizar disso, certamente todos seremos mais felizes.

Cel Fernando Velloso