aman 62
Tamborete
Caríssimos amigos,
Quando de minha infância e juventude, as residências possuiam vários tamboretes (bancos), de madeira de lei, como predecessores dos atuais cavaletes de alumínio e escadas domésticas para diversas finalidades.
Quando do falecimento de minha santa mãe e por residir em outros lugares, há mais de trinta anos, fiz questão de minha herança: o tamborete! Foi subindo nele, que minha mãe caiu, ao procurar mantimentos na despensa, e quando começou a definhar.
Há dez dias, por ser maníaco das coisas certas, resolví mudar uma lâmpada da escada de incêndio do meu Apto.Apesar se possuir dois cavaletes de alumínio, escolhi o antigo tamborete.Não deu outra.Meus 100 Kilos foram ao chão, perna furada, costas doloridas e uma semana frequentando hospital.De imediato, minha mulher quis jogar o tamborete no lixo.Implorei que não, pois o acidente teria sido aviso de minha santa mãe:" Coronel não pode fazer o dever de soldado!"
Hoje, estou aqui, com as costas cor de fumo, com a perna pendurada servindo de prumo e o "bilau" sem rumo.
Paulo Cesar Romero Castelo Branco, Cel, eletricista desastrado.