E, assim, com muito estudo, trabalho e dificuldades, o tempo foi passando tão rapidamente que Tavares não se apercebeu da chegada do fim do ano e com ele, as provas finais.

Havia um grande medo da banca de Física, comandada pelo famoso Coronel "Raposa Prateada", que tinha fama de reprovar todo mundo, pelo menos, na prova escrita. E não deu outra, pois a maioria teve que enfrentá-lo, frente à frente, na oral.

Tavares, por pouco, não é reprovado, passando com o mínimo exigido que era 4.0, graças ao outro professor, o Coronel Guerra, que tinha mais consideração com os seus alunos.

Mas, de qualquer maneira, foi um susto generalizado.

Durante a Solenidade de Abertura das comemorações do Sesquicentenário da AMAN, ao ler o texto da Carta Régia de D. João - o Príncipe que criara a Academia Real Militar - o professor que tanto aterrorizava seus alunos morreu de enfarto, na formatura no sol a pino de Resende.

Dizem as más línguas que, na irreverência da idade, muitos acharam bom.