aman 62

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O tempo, a distância, a amizade...

 

Caros amigos,
Hoje, recebi telefonema de amiga procurando por minha mulher.Rapidamente, retrocedi à minha infância na década dos 1940.Àquela época, apesar da boêmia de meu saudoso pai, passávamos férias de julho e janeiro na serra de Maranguape ou praia do Mucuripe.Naquela, havia duas opções:pensão da D. Chana ou o Balneário de Pirapora.Teria muitas estórias a contar, mas prefiro dedicar-me ao tema, ou seja , a praia do Mucuripe.
O tempo vocês já sabem.Criança de 06 anos, uma irmã de 02 anos, meu pai alugava um caminhão para transportar um fogão à lenha, uma geladeira à gás e um armário para, onde é hoje, um restaurante de alta categoria, em frente à recente casa do camarão.
Nosso vizinho da direita era o Dr. Arruda e D. Irene pais de Vera, Regina e um baixinho de óculos.Deveríamos ter 05 ou 08 anos de idade.À esquerda, rumo ao Náutico, tínhamos os Theóphilos, os Siqueiras e poucas famílias.
Meu divertimento era caminhar entre as pedras em busca de minhocas, peixinhos, coisas típicas de meninos sem opção de lazer.Quando Regina descia do alto para acompanhar-me na busca, ouvíamos o grito:para casa! Inocente, não entendia, mas achava que não gostava da companhia da irmã.
Anos se passaram, morei fora por 40 anos, exterior, mas havia uma cumplicidade dela com minha mulher devido ao tempo das duas, amigas de Colégio.
Hoje, após 60 anos, vejo que o carinho, apesar do tempo e da distância, a amizade se fortalece.Que Deus a abençoe.

Paulo Cesar Romero Castelo Branco, um saudosista e amigo.

 

 

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