Caros amigos,
Ingressei no Exército aos 16 anos de idade e pedi para sair aos 54 anos. Jamais afastei-me por qualquer motivo. Dedicação total minha e da família. Após o afastamento voluntário, por entender que meu querido EB já havia recompensado minhas perdas, recebi o título de Coronel R-1, ou seja, da reserva. Aquele disponível para caso de necessidade.
Durante 40 anos de minha vida aprendi e convivi com a rigorosa precedência militar e o tratamento pelo posto.
Comecei a duvidar quando no meu contracheque aparecia Gen Bda Refo e Cel Refo. Ora, segundo o "Aurélio", reformar é formar de novo, reconstruir, corrigir, retificar. Eu, permaneço o mesmo "gato".
No Hospital Militar sou General Refo, nas Repartições militares sou Cel Refo.
O motivo da abordagem não é aquele que os amigos estão pensando: o de amargurado! Não, vai mais além, o da gozação, porque, ontem, fui a um estabelecimento militar. Apesar da Lei dos idosos, recebi uma senha. Conseqüência dela, fui identificado como:"O próximo!?"O militar, bem acomodado em sua cadeira, olhou para meus cabelos brancos e perguntou: quem é o senhor? Cel Castelo Branco! Novamente: Inativo ou da ativa?
Aí parei para confabular.
Amigo, inativo é quem está paralítico, paralisado, e eu, sinto-me totalmente ativo, por fazer as coisas que faço, inclusive, aquela que você está pensando. Nesta linha de raciocínio, você que está na ativa, pode ser um inativo. Senti que ofendi! Mas, minha mãe ensinou. Quem diz o que quer ouve o que não quer.
O motivo do comentário é único e exclusivo: porque não, "Militar aposentado”. Talvez evitasse diálogos como o que tive com pessoas mais jovens e incompetentes.
Paulo Cesar Romero Castelo Branco, militar aposentado, Gen Bda Refo, Cel Refo, Inativo? Uma ova!