As palavras
vãs são como amanhãs sem vida. Se ofensas,
passam como doenças do espírito. Se
disparates, passam como males da
mente. Tantas as contrapartidas do amor e do
carinho dando vida ao seu caminho,que estas,
tão somente, são o bastante a alimentar
processo tão criativo.
A Távola é uma
senda que está viva em linhas retas. A Sala
abre trilhas na alma dos Poetas. Távola e
Sala são íntimos dos mesmos sonhos,
objetivos comuns que os irmanam e
enobrecem. Se novos pensares deles emanam e
não fenecem, é porque neles se alimentam e
fortalecem.
São tantos os poetas que
nesta fonte vêm sorver a inspiração que os
libertará; são tantos os poetas que nela vêm
em busca da contradição voluntária de
aprender um tão improvável
tudo.
Portanto, se há serpentes
sibilinas que dessas fontes se aproximam
para envenenar a água cristalina, que os
deixem intentar fazê-lo.
É que ao
separá-los como joio, o zelo de Deus defendeu
os puros do perigo: Ele gera a fé, escudo a
proteger o que é trigo. E é a pureza desta
fé, que forja sua dureza.
Nada há a
temer com este escudo, pois a fé, antes de
tudo, assegura que a alma que é impura
por si própria se envenena. E, então, a
alma pura nada mais dela terá, senão,
apenas, pena.
Autoria: Hiram Câmara Rio de
Janeiro - RJ - Brasil Todos os direitos
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