aman 62

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Helio Izaias de Macedo


 

 

 

 

- Mensagem enviada pelo Tuducax Marcelo de Oliveira DANTAS (Cav) à Coordenação do Portal:

"- Senti e fiquei comovido pela morte do Tuducax Hélio Isaias de Macedo. Entramos juntos na EPF em 1956 e terminamos em 1958 quando fomos para a AMAN. Na EPF fizemos uma boa e saudável amizade. Eu muito falador e ultra extrovertido e ele quieto, retraido mas profundo e perpiscaz observador. Falava pouco, mas era de uma lucidez a toda a prova.Ele sempre afirmava que gostava da minha presença por eu ser alegre, piadista de alto austral, bem humorado e sempre de bem com a vida. Conversávamos bastante, trocávamos muitas idéias e planejávamos para o futuro.
Na AMAN, não tive muito contato com o Chanceler como ele era conhecido na turma da EPF. Esporadicamente nos encontramos pois as Armas nos separavam. Ele de Intendência e eu de Cavalaria. A ultima vez que nos falamos foi na véspera do Aspirantado. Depois nunca mais nossos caminhos se cruzaram.
Bom, fiel e leal companheiro perdeu a TUDUCAX. Os velhos soldados nunca morrem. São apenas chamados pelo Criador para completarem o QO lá no Céu.
Que ele descanse em paz e tenha o esplendor da Luz Eterna".

 

.........................................................................................................................................

 

- Mensagem recebida do Tuducax João Bosco Camurça:

 

Meu amigo Hélio Izaías de Macedo foi matriculado na EPF no ano de 1956. Ganhou o apelido de Chanceler por causa do sobrenome Macedo do Ministro de Relações Exteriores, Edmundo Macedo Soares.
Era um tipo solitário, pois só andava só. Era um andarilho. Percorreu toda esta Fortaleza a pé, do Mucuripe à Barra do Ceará, do Centro à Messejana. Ia aos seus banhos de mar bem longe. Nunca os vi no Bailes da EPF, a não ser que estivesse de serviço.
Foi vítima da Gripe Asiática. Um dia, fui visitá-lo na nossa bem recheada enfermaria. A visita durou o intervalo entre o Rancho e a Revista do Recolher que era feita nas salas de aula.
Anos e anos depois, na AMAN, em 2001, nós nos encontramos e ele me revelou com muita emoção: que eu tinha sido o único colega – arataca ou sulista que tinha lhe visitado. Esta revelação me entalou o gogó.
- Mas, rapaz, uma coisa tão simples... Você guardou! Puxa!
- É, meu amigo, mas eu tinha que lhe dizer isto mesmo. Muito obrigado por ter me visitado e ...
- E, eu lhe digo, muito obrigado por me revelar! Trocamos um abraço.
Ainda nos encontramos em Resende, quando na companhia do Dr Mauro Nogueira, circulando pelo Manejo,
nós nos encontramos. Ele me disse:
- Corrija o meu endereço na Relação – Rua Professor José Fernando...
Parecia ser a despedida!
Macedo, descanse em Paz! Que a luz perpétua o ilumine! Amém!