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Greves de profissões obsoletas

 

Caros amigos,

Recentemente, pelo menos aqui em Fortaleza, passamos por greves dos bancários, Correios e Telégrafos, Professores e, agora da Polícia Civil.
Logo da primeira não senti falta, até porque há uns dez anos não adentro agências bancárias. Os postos de auto-atendimento satisfazem minhas necessidades, raríssima de talão de cheques, saques, consultas e pagamentos. Dúvidas? Meu computador resolve.
Na segunda, dos Correios, não troco mais cartas românticas como antigamente. Para as cobranças, continuo pagando em dia graças a Internet que fornece os códigos dos boletos de pagamento e a facilidade do débito sem sair de casa. Encomendas? Existem dezenas de alternativas no setor privado.
Outra greve, dos queridos professores, hoje não reconhecidos e injustiçados, ouso lançar minha opinião, após receber telefonema de Brasília da minha neta de 2 anos e 9 meses: Vovô, o Sr está caminhando "regularmente" na Beira-Mar? Vi "na TV" que prolonga a vida. Adicione a TV com Internet, boa leitura e atenção da família que teremos excelente caminho de cultura e educação.
Por último, aproveitando minha experiência de três gestões na Segurança Pública do meu Estado, afirmo com toda convicção:
Polícia Civil é Polícia Judiciária, para lavrar flagrantes e conduzir inquéritos. Não pode andar com metralhadoras prendendo ou atirando em bandidos ou cidadãos.Isto é papel e missão de policial militar ostensivamente fardado e em serviço.
O correto seria numa viatura estar o motorista, o policial militar para prender e um policial civil para lavrar o flagrante. Uma inteligente contratação de neo-advogados poderia tranquilamente substituí-los em sua missão.
Todos esses profissionais acima sabem dessa triste e irreversível realidade e procuram reconhecimento através das greves numa tentativa inútil de afirmação perante a sociedade moderna.
Não me venham com o argumento de acabar com a violência. Violência é um fenômeno político, econômico,social e, agora, dependente da informação midiática, que somente políticas governamentais poderão "diminuir".
Segurança nada tem a ver com aquela. Esta, necessita de formação, educação, equipamento e amor ao próximo.

Paulo Cesar Romero Castelo Branco, Fort- CE