aman 62

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Gláucio Mousinho de Albuquerque


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1. Enviado pelo Tuducax Dantas (Cav):

“Não conheci o Glaucio na AMAN. A arma nos separou: ele de Int e eu de Cav.
Em 1969 fui servir no Realengo(EsIE) e o Glaucio também lá servia. Apanhávamos o “trem das professoras” que saía da Central às 0600 hs diaramente e iamos conversando durante o o trajeto
que durava cerca de 0100 hora. À tarde fazíamos o itinerário de volta até a estação da Central do Brasil. Fizemos uma amizade alegre,risonha e franca como soe acontecer entre companheiros  de farda e de turma.Ele se revelou uma pessoa simples, educada,  muito boa predisposição e vontade de levar uma vida tranquila.
Fiquei triste com a notícia do seu passamento. Os velhos soldados nunca morrem. São apenas convidados pelo Senhor para completarem o QO lá no Céu”.

 

 

2. O amigo Amaury escreveu:

Amigos, fiquei sabendo do falecimento do Mousinho através de vocês. Como só li a notícia no início da tarde, não houve tempo hábil para que eu avisasse a outros colegas, especialmente os que residem no RJ.
Há muito tempo perdi o contato com ele, que nunca respondeu à correspondência enviada. A última foto dele, que vi, foi num almoço da turma do CMRJ, há uns dois anos, mais ou menos.
Mousinho era um daqueles amigos que impressionavam pela despojamento e pela inteligência, embora parecesse "não querer nada com coisa alguma". O Camurça lembra-se do lance do gavião, no estande de tiro. Minhas lembranças mais fortes são três:
1 - Quando queria fumar, às vezes pedia ao Moura para acender o cigarro para ele.
2 - Ele lia muito deitado ao contrário na cama (cabeça no pé da cama, e vice-versa), geralmente assuntos que não eram de matérias do nosso Curso; mas na véspera de cada VC de Física (era Dep) perguntava qual era a matéria da prova, aí dava uma lida "em diagonal" procurando selecionar o que era importante.
3 - O "som ambiente" que ele criou na Ala, transformando a caixa da barretina em caixa de som. O rádio era um "esqueleto" feito por ele e ficava numa gaveta do armário; foi passando a fiação de som para os apartamentos vizinhos, usando as tomadas ao lado da cama. Um detalhe: deixava qualquer pessoa mexer no rádio, exceto nas noites de corrida no Jóquei; aí todos eram obrigados a ouvir corrida de cavalos.
Dizem que em Campo Grande - MS, ele construía um avião no quartel, mas não tenho confirmação sobre isso. Talvez o Alcione confirme.
Um amigo calado, mas muito inteligente, que perdemos.
Deus o receba na eternidade.
 
Amaury.

 

3. O amigo Camurça escreveu:

Lembro-me muito bem dele lá no Estande de Tiro conduzindo um imenso gavião
de penas pretas... Perguntei o que ele ia fazer com o "falecido", ele respondeu de
pronto - "vou empalhá-lo". Não sabia eu que ele tinha queda para taxidermista...

Esta foi a imagem que eu guardei dele além da perfeita imitação de sua voz
com sotaque bem carioca...!

Deus o Tenha. Que a Luz perpétua o ilumine. Descanse em paz!|

Camurça.