Por alguma vereda espiritual, senti-me impelido a pensar em nosso saudoso Farah. Muitos de nós não terão tido a oportunidade que o destino me proporcionou de conhecer facetas camufladas desse nosso amigo, chamado por Deus antes de nós. Era um profissional extremamente sério, dedicado e competente, companheiro solidário, homem sensível, prestativo, emotivo e preocupado com o bem-estar de todos com quem convivia, mais de perto ou não. Como a maioria das pessoas boas, não ressaltava esses atributos mas os realçava na consecução. A vestimenta que extrovertia - e talvez a única conhecida por muitos - era a do gozador, de riso alto e escancarado, de jogador de baralho, sinuca, e ping-pong, chamando todo mundo por apelido. Ainda o vejo almoçando rápido e correndo para o cassino da AMAN, a fim de “piruar” as mesas de jogo lá existentes. Estou com saudades daquele cara largadão, de inteligência arguta, que eu sabia que, na hora difícil, o encontraria e ele não refugaria. Ou melhor, eu não precisaria procurá-lo, pois, com sua sensibilidade, ele me acharia antes, para oferecer seus préstimos. Deus deve estar morrendo de rir, com ele no colo. |