Festa do Espadim. Agora, sou Cadete!
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Em maio, no dia 24, num dia cheio de sol e céu de brigadeiro, os Cadetes do Primeiro Ano, da Turma Duque de Caxias, a 151a. turma desde a criação da Academia Real Militar, que, em votação, dias antes, haviam escolhido como seu Patrono, o Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, receberam, em uma linda cerimônia, no Pátio Ten Moura, com muitos convidados e parentes, o tão esperado Espadim de Caxias. Essa cerimônia, marcante e anual, atualmente é realizada no mês de agosto, e assisti-la é um refrigério e um estímulo, principalmente para os militares já inativos. Ela se iniciava com a recepção à maior autoridade convidada. |
Os novos Cadetes, mais de quatro centenas, adentraram o Pátio, triunfalmente, em demonstração esplêndida de garbo, entusiasmo, marcialidade, disciplina, obediência consciente e magnífica apresentação. Depois, em impressionante evolução de Ordem Unida sem comando, em segundos, a massa de Cadetes se abria ao centro, formando um largo caminho, desde a entrada do Pátio até o pedestal onde se encontrava o busto de Caxias. O ato foi solene e emocionante, pois todos acabavam de ser confirmados como Cadetes do Exército. Entre os 470 novos Cadetes, procedentes de todos os recantos do País, havia também cinco paraguaios. O Presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, esteve presente à cerimônia, acompanhado do Ministro da Guerra, Marechal Odílio Denys e de outras autoridades civis e militares. O Comandante da AMAN era o Gen Adalberto Pereira dos Santos, que mais tarde veio a ser o Vice-Presidente da República, no governo do Marechal Humberto de Alencar Castello Branco, mas que estava ausente por ter viajado para a Argentina, para participar das comemorações dos 150 anos de aniversário daquele País amigo. Ele estava representado pelo Sub-comandante, o Coronel Emílio Garrastazu Médici, que mais tarde foi nosso Presidente, nos idos de 1970. |
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Como registro, um verso feito na época,
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Estiveram presentes àquela Solenidade do Espadim os pais de Tavares e seus irmãos Sérgio, Cláudio e Flávio. Faltava apenas, para completar a família, a Heloisa, que havia se casado com um Guarda-Marinha e se encontrava em Ladário, lá nos confins da fronteira do Mato-Grosso com a Bolívia. Dali para frente, a luta dos novos Cadetes seria árdua, necessitando muita fibra, dedicação, lealdade e estudo para se chegar à formatura. |
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