Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nasceu em 1803, na fazenda de São Paulo, Vila de Porto da Estrela, na Capitania do Rio de Janeiro, quando o Brasil era Vice-Reino de Portugal. Em 22 de maio de 1808, época em que a Família Real portuguesa transfere-se para o Brasil, Luiz Alves é titulado Cadete de 1ª Classe, aos 5 anos de idade. Em 1818, aos quinze anos de idade, matriculou-se na Academia Real Militar, de onde saiu Tenente em 1821. Lutou na Bahia, no Batalhão do Imperador em 1822, contra os soldados portugueses que não aceitavam a independência do Brasil. Com a vitória, promovido a capitão e com 21 anos, recebeu a Imperial Ordem do Cruzeiro das mãos de D. Pedro I. Em 1825 foi chamado para manter a unidade nacional na Campanha da Cisplatina. Em 1831, após a abdicação de D. Pedro I, permaneceu a seu lado e participou do Batalhão Sagrado, para manter a ordem no Rio de Janeiro. Organizou a Guarda Nacional, depois Guarda Municipal Permanente. Casou-se com Ana Luísa do Loreto Carneiro Vianna, no dia 2 de fevereiro de 1833, ela com apenas 16 anos. Em dezembro do mesmo ano nasceu Luísa de Loreto. Em 24 de junho de 1836, nasceu a segunda filha Ana de Loreto. Seu filho Luís Alves Júnior faleceu ainda na adolescência. Em 1837 foi promovido a tenente-coronel e seguiu para o Rio Grande do Sul para lutar na Revolução Farropilha. Já no Posto de Coronel em 1839, foi incumbido de governar o Maranhão, conseguindo derrotar a Balaiada. Regressou ao Rio de Janeiro em 1841, sendo mandado combater os revoltosos da província de São Paulo, da qual foi nomeado Vice-Presidente. Em 1842 foi nomeado comandante das Armas da Corte. Em abril de 1845 foi promovido a marechal-de-campo e escolhido para o Senado por D. Pedro II. Foi nomeado para a Pasta da Guerra em 1855, Presidente do Conselho em 1862 e promovido a Marechal Graduado no mesmo ano. Combateu em vários conflitos de fronteira no sul do Brasil. Voltou ao Rio vitorioso e recebe o título de marquês. Aos 66 anos recebeu o título de Duque. Em 1875 foi nomeado presidente do Conselho de Ministros. Cansado e doente, retirou-se para a fazenda do Barão de Santa Monica, Rio de Janeiro. Luiz Alves de Lima e Silva morreu no dia 7 de maio de 1880. Em 25 de agosto de 1923, a data de seu aniversário natalício passou a ser considerada como o Dia do Soldado do Exército Brasileiro, instituição que o forjou e de cujo seio emergiu como um dos maiores brasileiros de todos os tempos. Ele prestou ao Brasil mais de 60 anos de excepcionais e relevantes serviços como político e administrador público de contingência e, inigualados, como soldado de vocação e de tradição familiar, a serviço da unidade, da paz social, da integridade e da soberania do Brasil Império. Em mais uma justa homenagem ao maior dos soldados do Brasil, desde 1931, os Cadetes do Exército, da Academia Militar das Agulhas Negras, portam como arma privativa, o Espadim de Caxias, cópia fiel, em escala, do glorioso e invicto sabre de campanha de Caxias, que desde 1925 é guardado como relíquia pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, que o Duque de Caxias integrou como sócio honorário a partir de 11 de maio 1847. O Decreto do Governo Federal de 13 de março de 1962 imortalizou o nome do invicto Duque de Caxias como o Patrono do Exército Brasileiro. Atualmente, os restos mortais do Duque de Caxias repousam no Panteon a Caxias, construído em frente ao Palácio Duque de Caxias, na cidade do Rio de Janeiro.
No ano em que nossa Turma AMAN/1962, Turma Duque de Caxias, comemora o sexagésimo aniversário de seu Aspirantado, renovamos reverência ao estadista e invicto soldado, glorioso pacificador de nossa nação.