aman 62
Informe espacial - Rio, 5 Ago 2010.
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TROPAS GARANCE ACOPLADAS COM A CHURRASCARIA TOURÃO NA PRIMEIRA CONFERÊNCIA INTERGALÁTICA DE UM BAIANO
- Zum!...
Prorromperam os cibernéticos, todos originários do século passado, concentrados num dos setores do ambiente alienígena, incontidos, obedecendo ao código disparado pelo colossal robô de olhos avatares. Qual represa violentamente estuprada pela força da correnteza; estouro da boiada dos antigos filmes de “camonibói”; ou desatamento de incontida declaração de amor- imagens batidas e rebatidas, únicas que me acodem na constatação do milagre das transmutações observadas nas faces daquela legião rejuvenescida, bradando a ladainha aprendida nos tempos imemoriais...
-...Zaravalho, opum,zarapi,zoqué...ô qué-qué, ô qué-qué...
Eu, logo eu, que nunca na existência recebera tamanha distinção, eu, o alvo daquele grito (dito de guerra) olhava desnorteado aquelas faces do meu tempo, do nosso tempo, meninos novamente juntos... o Instituto Miranda Reis muito bem representado e o internato marginal –os de uniforme impecável, e os amarfanhados -...não, não, o passado se foi, sugado por um buraco negro.
-...Zum!
O momento é este... o Brasil- não o país, o nosso, mas o 25, também nosso, continua com os mesmos olhos de chinês, mas perdeu os cabelos...como o Sady, irmão do Alicate (que também se fez presente junto com todos que partiram, in memoriam, na tela da nave das recordações). Quem também se embelezou com a calvície foi o Rolinha.
Naquele ambiente mágico, a simples evocação era materializada com excepcional consistência, potencializada pelo chopp farto ou pelos refrigerantes e sucos com idênticas propriedades (desconfio, Hiram, que esta última imagem é plagiada).
-...Pinguelim, pinguelim, pinguelim...
(Quem sacou este grito de guerra devia estar de sacanagem).
-...Zonga, zunga, zunga... Atônito, de pé, o alvo (eu mesmo, sim, senhor!) tentei acionar os procedimentos recomendados nos manuais éticos para situações emergenciais, constatando muito aflito que o meu HAL interior fora desativado desde 2001, naquela “Odisséia” do Stanley.
-...Catemarimbau, catemarimbau, eichau, eichau...
Se ao menos pudesse sustá-los com uma cortina de gelo antártico derretido pelo dito aquecimento global, congelando-lhes o brado e substituindo-o com o meu discurso: “Ensaio Sobre o Silêncio”.
(Saramago ganhou um Nobel com um sobre a cegueira. Teve que parir um livro.)
O meu “Ensaio” não careceria isso. Mormente, como diria o Odorico Paraguaçu, dá muito trabalho escrever como Saramago.
Bastava olhar. Quem mo dirigiu o dito... –é uma imagem um tanto suspeita essa de machos fitando baiano, mas friso, todos testemunharam a minha emoção. Que não caberia em livro nenhum.
Artistas como Soter e Hiram, de aguda sensibilidade, relevariam minha debilidade; empresários e afins... como aquele Amarelo, do Grupo Kompac, e o Palito, práticos e objetivos a desbordariam... opa!, este é um termo cavalariano, mais apropriado ao centauro Padilha; a Marinha de Guerra, o almirantado e o logístico –Magliano e Élcio- e a Aeronáutica do Esquilo, que depois aterrisou no BB, todos enquadrados pelo meu olhar errante... Quem mais? Nereu, o perfeito oficial de estado-maior... todos faziam meu coração fibrilar... Kogan, Samuel,480, três designativos para um mesmo amigo...e o Glioche (dizem que ele não gosta de paparicos e não serei eu a contrariá-lo).
Faltou nominar o Tuninho e o colossal robô de olhos avatares, que vai continuar inominado. Os grapiúnas (favor compulsar o “Aurélio” ou ler Jorge Amado ou Adonias Filho) são pirraçentos.
(Se o meu Concretizador Tabajara de bordo estivesse disponível, materializaria a antiga sala de presos e, tomando conta, um inspetor rigoroso, o seu João ou Aramis , - o seu Pereira não, era mãezinha demais – e colocaria o robô baleiro, de olhos avatares, lá, detido!)
Foram esses dois que armaram tudo, ligaram-se às galáxias mais distantes, até a de Maricá, imaginem, convocando todos para surpreenderem este baiano, que não teve naquele instante palavras de agradecimento e as resume agora, numa só, que ecoará eternamente no infinito do Universo: OBRIGADO ! - COLÉGIO! Carlos Romeu - "Baiano"
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