Havia ocasiões em que o bicho não aceitava o peso e então, era um "salve-se quem puder", pois o animal só parava de pular e escoicear quando estava todo material espalhado pelo chão. Em outras vezes, empacava, obrigando a um esforço sobrenatural de vários Cadetes, para fazê-lo andar. Houve uma ocasião em que um dos Cadetes, já de "saco cheio" com a malcriação do muar, deu-lhe um soco no pé do ouvido, com tanta força, que ele foi derrubado ao chão.

Os Cadetes de Infantaria realizavam muitos exercícios no campo e isso não só dava um pouco mais de rusticidade a cada um, como também criava maiores laços de amizade entre eles.

Fazendo sol, chuva ou frio, nada impedia que uma missão deixasse de ser cumprida, pois qualquer fracasso poderia
prejudicar a vida de muitos.

O Curso, normalmente, acantonava no Campo de Instrução e Provas da Infantaria-CIPI, uma antiga fazenda de café do século XIX, conhecida por Boa Esperança, que ficava a uns 8 km da Academia, percurso que os Cadetes faziam, muitas das vezes, a pé, em menos de 2 horas, comendo poeira à vontade ou lama, quando chovia.

Mas, a vida do infante é assim mesmo, por isso ele é chamado de "Pé de Poeira".

Chamava-se acantonamento porque se dormia dentro do prédio da Casa Grande, em camas de campanha ali instaladas e, assim , tinha-se um pouco mais de conforto.

Aproveitava-se aquele campo para realizar tiro real, pois a região era ampla e segura para as armas de longo alcance, como os morteiros 60, 81 ou 4.2.