25 de agosto
Salve o Duque de Caxias !

 

Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, nasceu em 25 agosto de 1803, na fazenda de São Paulo, no Taquari, Vila de Porto da Estrela, no Rio de Janeiro, quando o Brasil era Vice-Reino de Portugal, filho do Marechal de Campo Francisco de Lima e Silva e de D. Mariana Cândida de Oliveira Belo.  Em 22 de maio de 1808,  Luiz Alves é titulado Cadete de 1ª Classe, aos 5 anos de idade. Em 1818, aos quinze anos, matriculou-se na Academia Real Militar, de onde saiu promovido a Tenente, em 1821, para servir no 1º Batalhão de Fuzileiros, Unidade de elite do Exército do Rei. No dia 3 de junho de 1823, o jovem militar tem seu batismo de fogo, quando o Batalhão do Imperador foi destacado para a Bahia, onde pacificaria um movimento contra a independência comandado pelo General Madeirade Melo. No retorno dessa campanha, recebeu o título que mais prezou durante a sua vida – o de Veterano da Independência. Em 1825, iniciou-se a Campanha da Cisplatina, e o então Capitão Luiz Alves desloca-se para os pampas, junto com o Batalhão do Imperador, retornando da campanha no posto de major. A 6 de janeiro de 1833, no Rio de Janeiro, o Major Luiz Alvescasava-se com a senhorita Ana Luiza de Loreto Carneiro Viana, que contava, na época, dezesseis anos de idade. Em 18 de julho de 1841 foi-lhe conferido o título nobiliárquico de Barão de Caxias. "Caxias simbolizava a revolução subjugada. O título de Caxias significava, portanto: disciplina, administração, vitória, justiça, igualdade e glória", explica o seu biógrafo Padre Joaquim Pinto de Campos. Em 1841, Caxias é promovido a Brigadeiro e, em seguida, eleito unanimemente deputado à Assembleia Legislativa pela província do Maranhão. No dia 30 de julho de 1842, "pelos relevantes serviços prestados nas províncias de São Paulo e Minas", é promovido ao posto de Marechal de Campo graduado, quando não contava sequer quarenta anos de idade. Ainda grassava no sul a revolta dos farrapos. Mais de dez presidentes de província e generais se haviam sucedido desde o início da luta, sempre sem êxito. Mister da capacidade administrativa, técnico-militar e pacificadora de Caxias, o Governo Imperial nomeou-o, em 1842, Comandante-Chefe do Exército em operações e Presidente da província do Rio Grande do Sul. Logo ao chegar a Porto Alegre, Caxias fez apelo aos sentimentos patrióticos dos insurretos através de um manifesto cívico. “Abracemo-nos para marcharmos, não peito a peito, mas ombro a ombro, em defesa da Pátria, que é a nossa mãe comum". Em 1869, Caxias tem seu título nobiliárquico elevado a Duque, mercê de seus relevantes serviços prestados na Campanha contra o Paraguai. Em 1875, pela terceira vez, é nomeado Ministro da Guerra e presidente do Conselho de Ministros. Caxias ainda participaria de fatos marcantes da história do Brasil, como a Questão Religiosa, o afastamento de D. Pedro II e a Regência da Princesa Isabel. Já com idade avançada, Caxias resolve retirar-se para sua terra natal, a província do Rio de Janeiro, na Fazenda Santa Mônica. No dia 7 de maio de 1880, às 20 horas e 30 minutos, fechava os olhos para sempre aquele bravo militar e cidadão que vivera no seio do Exército para glória do próprio Exército. No dia seguinte, em trem especial, chegava na Estação do Campo de Santana o seu corpo, vestido com o seu mais modesto uniforme de Marechal de Exército, trazendo ao peito apenas duas das suas numerosas condecorações, as únicas de bronze: a do Mérito Militar e a Geral da Campanha do Paraguai, tudo consoante suas derradeiras vontades expressas.  Em 25 de agosto de 1923, a data de seu aniversário natalício passou a ser considerada como o Dia do Soldado do Exército Brasileiro, instituição que o forjou e de cujo seio emergiu como um dos maiores brasileiros de todos os tempos. Ele prestou ao Brasil mais de 60 anos de excepcionais e relevantes serviços como político e administrador público de contingência e, inigualados, como soldado de vocação e de tradição familiar, a serviço da unidade, da paz social, da integridade e da soberania do Brasil Império. Em mais uma justa homenagem ao maior dos soldados do Brasil, desde 1931, os Cadetes do Exército, da Academia Militar das Agulhas Negras, portam como arma privativa, o Espadim de Caxias, cópia fiel, em escala, do glorioso e invicto sabre de campanha de Caxias, que desde 1925 é guardado como relíquia pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. O Decreto do Governo Federal de 13 de março de 1962 imortalizou o nome do invicto Duque de Caxias como o Patrono do Exército Brasileiro. Atualmente, os restos mortais do Duque de Caxias, de sua esposa e de seu filho, repousam no Panteon a Caxias, construído em frente ao Palácio Duque de Caxias, na cidade do Rio de Janeiro.


Com muito orgulho, a nossa Turma – a Turma que se formou na Academia Militar das Agulhas Negras em 20 de dezembro de 1962 – foi batizada com o nome glorioso de TURMA DUQUE DE CAXIAS.