CRÔNICA DO CAMURÇA

 

 

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O DESPERTAR PARA A REALIDADE DO SÉCULO: A POLUIÇÃO NAS ÁGUAS (MARES, LAGOAS, RIOS, AÇUDES ETC)

 

Foi lendo o livro A Expedição Kon Tiki, do autor Thor Heyerdahl, nos idos de 1960, que tomei conhecimento da poluição nos mares, inicialmente. Ao chegar ao Rio de Janeiro, tomei uma barca Rio-Niterói e ao chegar do outro lado da Baia de Guanabara, uma pessoa me mostrou o mundaréu de lixo boiando junto ao cais. E era muito lixo: tudo de plástico – garrafas, baldes, assentos sanitários. Ou de borracha: câmaras de ar, pneus e pneus de bicicletas, e outras miudezas. Na leitura do livro, o comandante da expedição narra que o caudal ou correnteza conduzia o lixo por horas e dias seguidos sem destino, não parava e não se podia imaginar o destino. Aquilo tinha que ter um final, mas sem outras informações (satélites e outras tecnologias modernas inexistentes à época), era impossível prever onde iria parar ou ter fim aquele caudal de lixo. Na Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, todos os anos há uma mortandade de seus peixes que são envenenados por um produto que o leigo desconhece. Mas, sabe-se que são as águas servidas dos edifícios de apartamentos, clubes, postos de lavagem e lubrificação, e mais o lixo que a população solta em seus bueiros e canais. Fiquei simplesmente horrorizado. Pensei que ao se desfazer da embalagem ou similar jogando a esmo, o indivíduo se esquecia do mal que estava fazendo à Natureza. As gerações seguintes que tratassem do caso de per se.    E como a Humanidade iria conviver com o lixo boiando? E o Rio Tietê com sua espuma em grandes flocos? Como é que a humanidade vai conviver, ou buscar extinguir tremendo mal que se comete a centena de anos em todos os oceanos, mares, lagoas, açudes, rios? Só pela reeducação escolar e doméstica, diariamente, desde cedo, muito cedo até o indivíduo se educar e se orientar na vida, tomando o rumo certo e definitivo.

 

 

“A leitura é o alimento do espírito”
          João Bosco Camurça – 80 anos.