aman 62

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Recordando II

 



Na seqüência de apresentações de fatos e fotos que ilustraram o nosso site no passado, esta semana destacamos:

Folder distribuído em 2002, 40 anos Tuducax:

Letra da Canção da AMAN como a cantávamos em 1962. Posteriormente alterada para complementação de nomes de Cursos novos, o que descaracterizou a musicalidade e a divisão rítmica da música, além de retirar a linda frase melódica em assobio. A mesma descaracterização, relativa a desenho, foi realizada, anteriormente, década de 70, com o brasão da AMAN, do qual, por alguns anos, foram retiradas as armas ( fuzis, lanças e canhões), - o que já havia sido tentado décadas antes, anos 30, quando se criou a 5a. Arma, e o brasão por algum tempo ganhou asas, logo retiradas.
A correção histórica, com o retorno ao brasão original , com os tradicionais fuzis, lanças e o canhão, deve-se a dois tuducax: o autor do livro que apontou o fato, “Marechal José Pessôa - A Força de um Ideal" (Ver Espaço Cultural), chamando a atenção para o erro histórico, e o Genuino, que chegando ao Gabinete do Ministro,quase dez anos após a publicação do livro, assessorou convenientemente o Ministro Leonidas.
O Ministro, entendendo o prejuízo que tais alterações trazem à preservação das tradições castrenses, determinou que o brasão da AMAN voltasse a ostentar as armas tradicionais do Exército, existentes na Força desde sua criação pela Constituição de 1824.
Por outro lado, as armas faziam parte da concepção heráldica do brasão,e, portanto, desde sua criação, em 1931, pelo então Gen José Pessôa, aprovando o projeto do então Capitão Mário Travassos, que viria a ser , em 1944, o primeiro Comandante da Escola Militar de Resende.

A Canção, com sua letra modificada, não teve, ainda, a mesma sorte. Continua a ser entoada, e fica-se a pensar : como será se, na natural evolução do Exército, outras Armas e Serviços vierem a ser criados? À canção se irão pendurar novos adendos musicais, novas acelerações de ritmo nas frases melódicas para caberem as palavras nos compassos?

Talvez, quem sabe, o senso comum, assim como na iluminada decisão do General Leonidas, venha a prevalecer, e a Canção da AMAN, sem as preocupações eventuais do surgimento deste ou daquele novo curso de Arma ou Serviço, volte à letra original de sua criação, preservando-se, na História, os nomes das Armas e Serviços que existiam, quando foi criado. Ou na pior das hipóteses, não se altere mais o Brasão dessa família linda que é a AMAN, a cada filho que nasça.

Homenagem ao Borjão, em 2002, lançada na primeira versão do Site.
 Comentada pelo autor.

Quando desenhei a charge, eu procurava representar a amizade que não se perde, mesmo 40 anos após. Fixei-me em um fato ocorrido à entrada do Coquetel no CIMAN, na véspera da comemoração dos 40 anos de Aspirantado. Hoje, revendo-a, para enviar ao site, para a seção Site 5 anos, com uns poucos comentários, acho que remexi nos armários da saudade. E ali estava nosso querido amigo Borjão quando, com sua conhecida força muscular,só comparável à força de sua imensa afetividade, ao reencontrar os amigos, envolvia-os com abraços de expansão e compressão!
Daqueles abraços francos, próprios de um nordestino pai d´égua, daqueles que juram que se banhou em açude, que tomou água em moringa de barro. Nordestino cearense, aluno da EPF no tempo do "Róquilane".
Arataca puro sangue, coração de dimensões continentais, capaz de extravazar - já no "sul", na AMAN - a admiração pelo seu tenente, pronto a sair no pau com a gauchada - discussão no salão de provas, madrugada entrante, aos goles de leite da meia- noite com pedaços generosos de pão - assistida de forma divertida pela cariocada e pelos baleiros, com o Sears debaixo do braço ( discussão entre arataca e gaúcho sempre foi bem melhor do que estudar Teoria dos Erros - em um tempo em que o ensino já vinha de fábrica eivado deles).
E eles ali naquela disputa bipolar, a saber quem era "milhó" - RÓQUILANE ou ESCALANTCHÊ ...

Enfim, só nordestino de fé, como Borjão, só assim, seria capaz de dar abraço como aquele.

Arretado, zapretado, como convém a um arataca que também jura que viveu de pó no Cariri.
E eis que o da vez é o Acilino. Valle esguio, alma agigantada e pura, fazendo força para caber no corpo quase de menino, amigo de todos, sem haver quem lhe negasse o bem querer.

E eis que em um ímpeto, Acilino, o da vez, foi tomado entre os borjônicos braços e o peitaço de aço. Acilino quase desapareceu. O ar que lhe havia no pulmão, esvaiu-se em um suave -fuuuuuuuuu - até que o abraço de Borjão se amenizou, devolvendo-o ao nível dos seres feitos para pisar o chão.

Acilino então, puxou o ar possível, e quem ali estava não me deixará mentir sozinho: sorriu feliz, recompensado pela intensidade da amizade pura e boa que emanava da alma solta e leve de Borjão.

E Acilino viu, enquanto se recobrava - e certamente não acreditou no que via - Borjão, agora, em um abraço inesquecível, no da vez, e este era eu: pela primeira vez na minha vida, depois dos noventa quilos, e algumas centenas de gramas, alguém me tirou os pés do chão, em um abraço franco, como se eu fosse o Acilino.

E, ao rever a charge, veio-me uma tristeza daquelas que Cadete não teria o direito de sentir, por haver vivido pouco. Uma tristeza ao rever aquele abraço impossível de re-haver. É que nele, mais do que o traço da charge, vejo a charge que a vida nos traça, a cada abraço que nos é levado.

No meu caso, penso que assim será, até que seja "o da vez", até meu último abraço, e aí, estarei partindo feliz, por ter tido a chance de ter havido amigos a abraçar.


Memórias da República Dominicana

Programa de Rádio em Português transmitido para todo o Caribe, pela Rádio Voz de La OEA, 1965/66- com notícias do Brasil, informação pública sobre a Força Interamericana de Paz, notas sociais internas, Esportes e muita música brasileira da época. O programa foi criado por ordem do Comandante do Destacamento Brasileiro, então Cel Meira Mattos, e produzido e apresentado por militares brasileiros da Força de Paz. O primeiro produtor foi o então Capitão Médico Orlando Carvalho(REsI), e sucessivamente, 1o. Ten Hiram(REsI), 1o. Ten Oliveira(3o. RI), 1o. Ten William(3o. RI). Na foto, Tenentes Hiram(62) e Mauro Machado(63) na apresentação, ao vivo, nos estúdios da Rádio TV Santo Domingo, nos quais funcionava a Rádio da OEA. O programa era transmitido por técnicos da Armed Forces Radio System and TV ( ARSTV) das Forças Armadas dos EUA. Ao deixar a República Dominicana, Elis Regina, Tom, os Cariocas, Jair Rodrigues, Edu Lobo, Claudete Soares, Tamba Trio, Luizinho Eça, e muitos, muitos outros músicos e cantores brasileiros haviam se tornado conhecidos no Caribe, onde ficaram, distribuídos às rádios locais mais de duas mil faixas de músicas gravadas, em um processo de divulgação único no exterior, de nossa música. E, por meio da AFRSTV, a música brasileira teve uma porta de entrada gratuita e aberta para os EUA.
Ao final da missão, o programa foi reconhecido por seu valor pela OEA e todos os seus participantes receberam uma citação especial do Comando da FIP e da Secretaria Geral da OEA. Constou do livro " A Experiência do FAIBRÁS na República Dominicana" e em uma Revista editada pelo Regimento Escola de Infantaria em 1967, mas não teve maior repercussão no Brasil. Hoje, com a Rádio Verde-Oliva no ar, um sonho realizado por todos os que participaram daquela porta aberta no éter para a divulgação do Brasil, o Programa Brasileiro da Voz de la OEA, fica como um marco longínquo de referência histórica, mas que demarca um passo dado, intermediário, depois da experiência radiofônica da FEB.

Concurso de Ordem Unida :Infantaria 1962/AMAN
 
Convite para a Festa da Infantaria AMAN 62